O selo Graphic MSP continua com a corda toda. Em Astronauta –
Assimetria, o personagem chega ao terceiro volume da saga espacial do universo
da Turma da Mônica. Desta vez, a história trata um pouco menos sobre solidão e
traz ao leitor um pouco mais de ação.
Nesta nova aventura, o herói Astronauta Pereira descobre, ao
voltar para a Terra depois dos eventos de Singularidade, que o grande amor da
vida dele tem uma filha pequena. Completamente decepcionado ao ver Ritinha
seguindo em frente sem ele, decide partir em busca de mais uma aventura no
espaço.
Com destino a Saturno, ele segue para verificar um ponto de
alta gravidade em forma de hexágono em um dos pólos do planeta. A partir deste
ponto, a história traz o que Danilo Beyruth tem apresentado de melhor na
mitologia do herói: ficção científica e aventura.
Desta vez, Astronauta enfrenta um inimigo gigante, do
tamanho de uma cidade, que tem um guardião próprio do tamanho de um prédio. A
criatura lembra muito o personagem Galactus, da Marvel, e um pouco os Novos
Deuses, da DC. O guardião também parece uma referência ao Surfista Prateado e
outros protetores de Galactus.
Luta parece ter sido tirada de séries japonesas
O clímax da história, quando há uma luta entre um robô
gigante contra o guardião, lembra muito as séries sentais do Japão, como
Changeman, Jaspion e mesmo os Power Rangers. Desta vez, o autor deixa a narrativa
preparada para uma continuação.
No geral, a arte é boa, a história é interessante e o ápice
foi a luta do robô contra o monstro. Surpreendente. O nível das produções da
Graphic MSP continua alto, com muito carinho colocado no material, conteúdos
extras e papel da melhor qualidade. Os fãs da Turma da Mônica agradecem por ver
um personagem que faz parte da cultura de milhares de brasileiros ser lançado
em edição de luxo.
A Marvel Entertainment publicou, nesta terça-feira (28), o segundo trailer do filme Homem-Aranha: De Volta ao Lar, no Youtube. O longa estreia no dia 7 de julho de 2017, no Brasil. Neste vídeo, já é possível ver o personagem principal Peter Parker (Tom Holland) contracenando com o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) e com o vilão Abutre (Michael Keaton).
O trailer entrega praticamente toda a trama, mostrando como funciona o traje, o momento de baixa do herói, quando ele enfrenta os problemas pessoais, como ele os supera e muito mais do que deveria ter sido apresentado em dois minutos.
Eis que ontem, dia 25, a Warner divulga, pelo Youtube, o mais novo teaser da Liga da Justiça. O filme tem estreia prevista no Brasil para o dia 16 de novembro de 2017. O vídeo mostra os heróis Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Cyborg e Flash.
A quantidade de cenas com fundo verde, o Cyborg que parece nem ter ator, só CGI, as falas manjadas... Se fosse um trailer de jogo, seria espetacular. Mas não é.
Nova série da Netflix sobre os Defensores é bem fraca
Daniel Rand é mais um daqueles heróis criados décadas atrás cujos
autores achavam uma boa ideia dar poderes a uma pessoa rica. Filho do dono de
uma empresa de telecomunicações, ele é o único sobrevivente de um desastre
aéreo. Ao ver seu pai e sua mãe morrerem em uma montanha deserta, ele é
acolhido por monges, que o treinam na milenar arte do Kung Fu. O garoto passa
anos por lá e se torna o Punho de Ferro, uma arma viva, que tem por objetivo
enfrentar o Tentáculo.
O Punho de Ferro nos quadrinhos é um personagem muito legal.
Ele não tem os poderes de um deus, uma armadura que voa em velocidade
supersônica, um arsenal de mísseis nem nada disso. Ele tem o Kung Fu e um soco
que pode destruir paredes. Apesar de rico e ter sido treinado como monge, ele é
falho, tem defeitos e conflitos internos. É um personagem menos semi-deus e
mais humano do Universo Marvel, assim como Demolidor, Jessica Jones e Luke
Cage, que formarão, no segundo semestre de 2017, a equipe Defensores na série homônima
do Netflix.
As duas temporadas de Demolidor e a de Jessica Jones são
maravilhosas. A de Luke Cage é péssima. E agora, com a chance de se recuperar,
chegou, no dia 17 de março, a nova série da Marvel, o Punho de Ferro, que é...
ruim. Bem ruim.
O seriado exclusivo pelo sistema de streaming Netflix tem 13 episódios
e conta a história de como Daniel Rand volta para casa após ganhar os poderes
do Punho de Ferro. Chegando lá, em Nova Iorque, ele é rejeitado e encontra o
mal que ele é destinado a combater, o Tentáculo. Durante os capítulos, vemos
algumas ligações com as outras séries, com curtas referências ao Demolidor,
Jessica Jones e Luke Cage. Todas bem rápidas e bem desnecessárias.
Uma das péssimas lutas do seriado
Duas das conexões com os outros heróis são as personagens Claire Temple
(Rosario Dawson) e Madame Gao (Wai Ching Ho). As duas personagens já haviam
aparecido e tinham as personalidades mais ou menos consolidadas. Dessa vez, os
roteiristas acharam por bem alterar completamente ambas. Claire não parece a
mesma personagem. Já a Madame Gao, de fato, não é a mesma. Desta vez, ela se
apresenta como uma líder do Tentáculo, o que contradiz as duas temporadas do
Demolidor, quando ela era da Serpente de Aço, também rival do Tentáculo.
Outra conexão é que a história se passa na mesma cidade que dos outros
três Defensores. Nova Iorque, aliás, é quase um personagem vivo nas outras três
séries. Dessa vez, a cidade poderia ser qualquer uma. Cadê a magia do local?
E quem dera esse fosse o maior dos problemas. O personagem principal,
interpretado por Finn Jones, é lamentável. Ele é burro, ingênuo de forma
impossível (se entrega aos vilões uma cena após outra), e definitivamente não
aparenta que treinou com monge algum. Não bastasse o texto ser péssimo, o ator
é um baita canastrão, com caras e bocas imperdoáveis. É o único das séries
Marvel da Netflix a ter um poder místico. Essa era uma das coisas mais aguardadas:
ver o herói com os super-poderes tão conhecidos pelos fãs. Mas além de ele mal
saber usá-los, sempre que acessa o poder do Punho de Ferro, ele fica encarando
a mão brilhante, tornando a cena bastante lamentável.
A mão brilhante do Punho de Ferro
Não seria tão ruim se ao menos ele se redimisse nas cenas de ação.
Muito pelo contrário, ele se afunda ainda mais. A culpa não é só dele, claro. O
coreógrafo e os diretores fizeram um trabalho bastante decepcionante. Sabe
aqueles filmes de ação com Bruce Lee, Van Damme, The Rock, que mesmo com a
história sendo uma tremenda porcaria, tudo é perdoado porque a ação é incrível?
Então, esqueça. As coreografias de Kung Fu são horrorosas. Poses e mais poses,
com lutas bastante insossas. Lembram das lutas em Demolidor? Uau, eram
maravilhosas, com o estilo de pancadas fortes e pesadas.
Em Punho de Ferro, é normal não usarem esse estilo, mas qual o problema
de fazer algo parecido com Ip Man?
Cena de Ip Man (Grande Mestre, no Brasil)
Não bastasse terem transformado Kung Fu em uma dancinha de
apresentação, toda a cultura oriental foi ridiculamente colocada na tela. Os
rituais, como o de se lavar antes da luta para a purificação, por exemplo,
foram alterados para bobagens sem sentido e que estão muito longe de
representar a cultura oriental. Se é assim que o autor vê os costumes dos
chineses, deveria se informar um pouco mais.
Como se não bastasse, o elenco recheia os 13 episódios com cenas
horrorosas e atuações lamentáveis. Os personagens Colleen Wing (Jessica Henwick)
e Bakuto (Ramón Rodríguez) são, sem dúvidas, os piores. Este último empata com
o Kid Cascavel (Erik LaRay Harvey), de Luke Cage, como o pior vilão das séries
Marvel até o momento.
Colleen Wing, uma das piores coisas da série
Não bastasse o bandidão da série ser mal interpretado e ser conduzido
por um roteiro pavoroso, a série tem mais defeitos, como as coincidências
fáceis que levam a soluções de problemas
como que por toque de mágica. Personagens importantes são introduzidos
da forma mais óbvia possível, por exemplo. E aquele velho toque de séries de
TV, que apresentam algo “interessante” apenas no final do episódio, para te
prender a assistir ao próximo, é visto ao longo de toda a série.
Afinal, não acontece muita coisa, mesmo, então o jeito foi deixar o
melhor de cada episódio para o último minuto. Desnecessário, já que o
espectador pode ver todos os capítulos em sequência, o que tira a “mágica”
desse finzinho de episódio.