terça-feira, 9 de maio de 2017

Crítica - Guardiões da Galáxia: Vingadores Cósmicos


O encadernado Guardiões da Galáxia: Vingadores Cósmicos, escrito por Brian Michael Bendis, traz as histórias publicadas originalmente em Guardians of the Galaxy 0.1, 1-3 e Guardians of the Galaxy: Tomorrow’s Avengers 1. Os desenhos da história principal são de Steve McNiven (0.1, 1-3) e Sara Pichelli (2-3). Em Os Vingadores do Amanhã, a arte é de Michael Avon Oeming, Rain Beredo, Ming Doyle, Javier Rodrigues e Michael Del Mundo. O livro, publicado no Brasil pela Panini, traz também uma galeria de capas e contém 144 páginas.

A trama principal começa contando a história de um casal interplanetário formado por um homem de outro planeta e uma terráquea, em uma cidade no interior dos EUA. A narrativa é interessante e traz elementos quase cinematográficos nos planos de imagem e na forma de diálogo, muito bem fluidos, o que é marca registrada de Bendis. O alienígena chega à Terra por acidente, se apaixona, mas antes de ir embora deixa um herdeiro para ser cuidado sozinho pela mãe.

A mulher cria o filho sozinho, sem pai. O nome dele é Peter e, mais tarde, ele se tornaria o líder do grupo Guardiões da Galáxia. O time de improváveis heróis tem a mesma formação dos filmes recentes da Marvel, com o meio humano-meio alien e comandante do time Senhor das Estrelas, Gamora, Rocket Racoon, Groot e Drax. Nesse arco, há uma participação significativa do Homem de Ferro. O esquadrão tem como missão proteger a Terra de uma invasão, arquitetada pelo pai de Peter.


Repleta de ação e momentos divertidos, a história segue a linha dos filmes do grupo. Com elementos mais pop, como o já mencionado enquadramento cinematográfico e uma narrativa moderna, as cenas de ação são bastante dinâmicas e coloridas. Além disso, tentando atrair os fãs do filme, a trama, apesar de bastante complexa, envolvendo traições interplanetárias e jogos políticos, é construída de forma simples. O foco claramente é a ação.

O grupo funciona aos trancos e barrancos, chega até a ser um pouco falho, o que torna os personagens mais interessantes. Eles não são perfeitos, por isso, devem se esforçar muito para completar a missão em que estão inseridos. A dupla Racoon e Groot são o destaque. O animalzinho falante e rebelde é bastante divertido em sua forma rabugenta de ser e a árvore é totalmente imprevisível.


Após o final da trama, o encadernado apresenta a história Vingadores do Amanhã. São quatro curtas de dez páginas cada, aproximadamente. Em cada uma, mostra como Peter convocou cada um dos companheiros para a atual missão. É rápido e interessante, mas não indispensável.


Para quem gosta de super-grupos e está cansado de Vingadores e Liga da Justiça, o encadernado é uma boa pedida. Para quem gostou do filme do Guardiões da Galáxia, também. A história não é um primor, mas é divertida e direta. Sem dúvida, o grupo foi muito bem apresentado com os argumentos de Bendis e a arte tanto de McNiven quanto de Pichelli. A Marvel acertou em cheio ao apostar em um dos ótimos, mas obscuros, super-grupos de seu plantel.

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