quarta-feira, 12 de abril de 2017

Crítica - O Planeta Hulk


O Planeta Hulk foi lançado originalmente nos EUA na publicação regular The Incredible Hulk, do número 92 ao 105, entre abril de 2006 e junho de 2007. No Brasil, foi publicado como mini-série pela Panini e depois republicado em capa dura. Uma das maiores sagas do Gigante Esmeralda, foi escrita por Greg Pak e ilustrada por Carlo Pagulayan e Aaron Lopresti. A história se passa após eventos da série Illuminati, quando um grupo de super-heróis decide (não pela primeira vez), que o Hulk é um ser instável e muito perigoso, por isso deve ser mandado ao espaço. As consequências dessa decisão são muito importantes para o Hulk, que tem nessa saga seu único clássico do século XXI.

A nave em que o herói verde é colocado ruma a um planeta que lhe proverá oxigênio e alimentos, mas afastado da humanidade, mantendo o planeta Terra seguro. Porém, ao perceber o que acontece, Hulk fica ainda mais irritado e destrói a nave que está dentro, perdendo-se do rumo. Com isso, ele cai em um planeta inóspito chamado Sakaar, em outra galáxia.

Este lugar é comandado por um tirano chamado Rei Vermelho, que faz do mundo um campo de batalha de gladiadores. Os mais fortes são tratados como estrelas, e os mais fracos, fadados à morte. É uma forma de colocar os guerreiros que ameaçam seu império trancafiados. Quando Hulk chega, é percebido rapidamente e fazem dele um gladiador. Mesmo longe da Terra, com muitas criaturas interplanetárias, ele se destaca e vence todos que enfrenta. Incluindo um Surfista Prateado e Bill Raio Beta.


Nesta saga, a raiva de Hulk é tamanha que o lado “Dr. Jekyll” de Bruce Banner se funde ao “Sr. Hyde”, fazendo com que ele tenha a inteligência do doutor e a força do monstro, uma combinação extremamente perigosa para qualquer mundo. E entre as lutas e planos de fuga do local, o herói conhece seus companheiros de batalha, pelos quais se afeiçoa.

Enquanto vira amigo desses guerreiros, que compartilham ringues de batalha com ele, a população do planeta volta os olhos ao Golias Verde e começa a vê-lo não apenas como um lutador, mas como um possível herói que vai libertar Sakaar da tirania. E ele, de fato, vira o maior problema do Rei Vermelho, derrota-o e monta um governo mais justo, tentando, inclusive, formar uma família. Porém, como a música da série dizia, “na fossa vive o Hulk” e mais uma tragédia volta a acontecer com ele.


A trama é muito envolvente e, por ter sido contada durante muitos meses, Pak pode mostrar muitos detalhes da história, apresentando o planeta e as personalidades dos heróis e vilões com muita profundidade. Tudo com calma e sem cortar caminhos. Essa é uma das histórias mais bem contadas do herói, com ritmo excelente, fazendo uma excelente mescla entre drama e ação. Um clássico indispensável na biblioteca do personagem.

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